20/04/11

No teu Deserto - Miguel Sousa Tavares

Deste autor só li “Equador” e “Não te deixarei morrer David Crocket”.
Peguei neste quase-romance como MST diz, por curiosidade e porque gosto
imenso da sua forma de escrever!

Este livro é escrito a duas mãos, a dele e a de Claudia aquela a quem é
dirigido esta “carta”.

É uma espécie de tributo a “dois amores”, Claudia e o Deserto.
Por causa - ou graças- ao deserto MST conheceu Claúdia que o acompanhou
nesta viagem ao Sahara em 1987 e que viria a marcá-lo pela paixão,
pela vivência, pelo companheirismo e cumplicidade... e pelas
estrelas contadas nas noites de imensidão, no calor, no frio, na solidão
e silêncio partilhado.
Esta leitura emocionou-me e no fim, senti-me triste.
Talvez por já ter estado no deserto, este livro soube-me a especial e a
pouco. Queria mais tempo no deserto e queria lá ter ficado.

Como diz MST “ Há viagens sem regresso nem repetição” e, parte do
meu coração ficou lá.

Na verdade, o deserto não existe: se tudo à sua volta deixa de existir
e de ter sentido, só resta o nada. E o nada é o nada: conforme se
olha, é a ausência de tudo, ou, pelo contrário, o absoluto. Não
há cidades, não há mar, não há rios, não há sequer árvores ou
animais. Não há música, nem ruído, nem som algum, excepto o do
vento de areia quando se vai levantando aos poucos – e esse é
assustador. Será assim a morte, também, Cláudia?”



Sinopse:
«Às vezes, lá onde moro, fico à noite a olhar as estrelas como as do deserto e oiço o tempo a passar, mas não me angustia mais: eu sei que é
justo e que tudo o resto é falso.»
"Esta história que vos vou contar passou-se há vinte anos. Passou-se comigo há
vinte anos e muitas vezes pensei nela, sem nunca a contar a ninguém,
guardando-a para mim, para nós que a vivemos. Talvez tivesse medo de
estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para
melhor expor as coisas, essa fina camada de pó onde repousa, apenas
adormecida, a memória dos dias felizes.”

Minha Classificação: 7 – Muito Bom

19/04/11

Troquei o computador pelo Sol













Há alturas em que não me apecece sequer olhar para o computador...
Estas ultimas semanas têm sido assim. Só me apetece ler, ler e ler -
coisa estranha !!

Nestes ultimos dias de sol, evitei o mais possivel parar em casa não vá o
tecto cair-me em cima. Além de que fui praticamente obrigada pelo
Astro-Rei, a ir ter com ele à esplanada, e fiquei a gozar o
calorzinho do seu amor por mim. Esqueci o tempo e as obrigações em
casa. As únicas companhias que tinha depois do trabalho e até
escurecer eram o meu Astro e os meus livros!

Por isso, não tenho aparecido por aqui, estive muito ocupada!  :))
Agora já está a chover... e vou ter de aguentar o tecto de minha casa e
rezar para que não me caia em cima e daqui a pouco vou falar dos
livrinhos que li... mas só daqui a pouco, sim? Até já!