25/02/11

A Valsa Inacabada - Catherine Clément

A Valsa Inacabada inspira-se num acontecimento autêntico na vida de Elisabete da Austria, mais conhecida como Sissi, que ao contrário do que se via nos filmes interpretados por Romy Shneider, não era apaixonada pelo seu primo e marido o imperador Francisco-José, e teve um idílio platónico de uma noite com um jovem que conheceu num baile de máscaras onde ela apareceu “incognito”.
Apesar de nunca mais o ter visto, Sissi manteve durante anos uma troca de correspondência com o “seu” jovem.
Catherine Clément que também escreveu uma biografia de Sissi, pensou que deste idílio poderia nascer um romance e este, com a qualidade a que esta autora já me habituou com os seus livros A Senhora e Por Amor à Índia .
Curiosidade: Sissi não era nada do que conhecemos dos filmes sobre a vida dela... e mais não digo. Leiam.

Sinopse
Encontraram-se em 1874. Sessenta anos mais tarde, em 1934, ele tinha oitenta e seis anos e só então soube a verdade. Sessenta anos de um amor que não existira e durara no entanto toda a vida.


Nada mais que três valsas, cartas e um poema. Ele beijara-a. Ela fugira. Sessenta anos de mistério e de vida quotidiana, atravessados pelo capitalismo triunfante e pela primeira guerra da Bósnia. A sífilis infesta Viena, os refugiados estão por toda a parte, os escândalos sucedem-se, os suicídios multiplicam-se... E, durante todo esse tempo, Elisabeth da Áustria escreve a Franz Taschnik, redactor da Corte no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Por detrás da Europa dos Habsburgos, das guerras dos Balcãs e da Viena de Strauss, com uma epidemia por fundo, para além do mito que envolve a figura mágica de Elisabeth, A Valsa Inacabada, inspirada por um episódio autêntico da vida de Sissi, exprime de forma magnífica, depois de A Senhora e de Por Amor da Índia, a dolorosa felicidade dos amores proibidos.

Minha Classificação: 6 - Bom

18/02/11

A Senhora - Catherine Clément

Catherine Clément baseou-se em factos autênticos para escrever a história do destino extraordinário e tumultuoso desta mulher fantástica com identidades múltiplas, nascida em 1510 em Lisboa com o nome cristão de Beatriz de Luna e que se chamou depois Dona Mendes,  assim como Hannah  “Graça”  Nasi  e, simplesmente A Senhora, sobrenome que dão ainda hoje os judeus do Mediterrâneo .
Por trás da história da Senhora, a autora reconstitui a epopeia dos marranos, judeus de Espanha e Portugal, obrigados à conversão ou à fuga, quando em 1492 o judaísmo foi perseguido pela Inquisição e pelos Reis católicos Isabel e Fernando.
Á semelhança de “Por Amor da Índia”, este é mais um romance histórico sublime de uma autora que ainda não parou de me surpreender quanto à qualidade da sua escrita e investigação.   

Sinopse
"O nosso verdadeiro nome comum era Nasi, o que significa príncipe. Infelizmente, desde aquela época, já não éramos príncipes, mas sim proscritos."
Perseguida pela Inquisição, Beatriz de Luna, ou Gracia Nasi, nascida em Lisboa em 1510, é a mulher judia, jovem viúva de um banqueiro português (Francisco Mendes), que, herdeira de uma poderosa fortuna, vai pôr em marcha um dos mais impressionantes episódios da Europa seiscentista.
Enfrentando o ódio dos Habsburgos e dos Papas, que a perseguem até à Palestina, ela é a força que irá proteger os cristãos-novos espoliados da Península Ibérica, à cabeça de um império comercial que, tal como o dos Fugger ou o dos Médicis, vergava a cabeça a reis, embaixadores e aristocratas.
Expulsa sucessivamente de Lisboa, Antuérpia, Veneza e Ferrara (onde manda imprimir a primeira Bíblia traduzida para ladino — a célebre Bíblia de Ferrara), A Senhora personifica o êxodo singular dos Marranos, no contexto dos conflitos políticos, comerciais e religiosos da era humanista, num teatro onde se encontram as três grandes religiões do Livro, bem como o Oriente e o Ocidente.
Uma das obras mais vendidas em França durante 1992, A Senhora é um notável romance histórico onde, tal como escreveu o Magazine Littéraire, "o mundo mediterrânico ressuscita com a luz, os seus perfumes, o esplendor e a desgraça dos marranos".
Minha Classificação: 7 - Muito Bom

14/02/11

" Como Eu Leio"


Gostei e copiei da Leitura nossa de cada dia

AQUISIÇÃO

1- Sempre compra você mesma seus livros ou tem anjos da guarda?? Se tem, quem são eles normalmente?
Normalmente compro os meus livros. No entanto, recebo sempre alguns oferecidos pela minha familia e amigos.

2- Gasta quanto (em média) por mês em livros?? Já estourou o cartão de crédito com livros?
Gasto sempre demasiado, às vezes mesmo mais do que as minhas possibilidades, depois, para aguentar até ao fim do mês faço bastante ginastica...

3- Consegue livros emprestados com frequência? Se sim, quem te empresta normalmente?
Sim, felizmente, as minhas irmãs adoram ler e acabamos por ler os livros de cada uma. Também empresto e recebo emprestado de alguns amigos.

O DELEITE

1- Lê em média quantos livros por mês?
Depende dos livros, do tempo que disponho e também da disposição.
De qualquer maneira, nunca menos de 3 por mês.

2- Lê em média quantas páginas num dia da semana? E nos fins de semana?
Não sei. Nunca prestei atenção. Sou capaz de ler meio livro num dia ou só 2 ou tres páginas. Depende também do tempo e da disposição.
Às vezes deito-me mais cedo com imensa vontade de ler, leio uma página e adormeço, outras vezes, sou capaz de ler até de madrugada...

3- Consegue abandonar um livro no meio da leitura?
Consigo, tenho neste momento 3 livros a meio.
São livros bons mas a disposição para ler determinados temas ou géneros nem sempre é muita. Por vezes aparece um livro que me entusiasma muito mais e outros são deixados para trás.
Serão lidos a seu tempo.

O LOCAL DO CRIME

1- Consegue ler em local movimentado? (ônibus, fila de banco)
Sim, perfeitamente. Cheguei mesmo a acabar um livro andando na rua, mas não façam isso, é perigoso, acabei por fazer uma entorse por não olhar onde pisava.
Leio nos transportes, leio a almoçar ou a jantar, se estiver sozinha, claro, leio quando espero por alguém, no quarto de banho, em qualquer fila em que tenha de esperar.
Aproveito todos os momentos para ler sempre um pouquinho mais.

2- Prefere ler na mesa, sofá, no chão ou na cama??
Leio em qualquer sítio, até de pé. Mas onde prefiro é recostada no sofá com uma musica de fundo, à noite.

3- Qual a hora do dia que prefere para ler?
Qualquer altura é boa mas de preferencia recostada no sofá com uma musica de fundo, à noite.

OS IMPEDIMENTOS

1- É solteira? Se não, seu namorado, noivo, esposo, te dá espaço para ler?
Meu namorado dá-me todo o espaço que preciso. Enquanto ele trabalha no seu hobby, eu fico perto, no sofá a ler :)) é o perfeito companheiro para o meu vício.
2- Lê no trabalho? Se sim, qual emprego dá essa dádiva de ler na hora de serviço?
Infelizmente não. Seria bom demais, não??

3- Já deixou de sair com a galera só pra ler aqueles capítulos irresistíveis?
Não, mas já tive várias vezes vontade de o fazer.

AS INSANIDADES

1- Já sonhou ou teve pesadelos vivendo a história de um livro? Qual foi o livro?
Que eu me lembre, não.

2- Qual a maior loucura que já fez ou que faria para conseguir um livro?
Há cerca de 6 anos, corri quase todas as livrarias de Paris à procura de um livro... e encontrei.

3- Já chorou ao terminar um livro??? Foi de felicidade ou tristeza?? Qual foi o livro?
Oh! Tantas vezes!
Já chorei de tristeza, de alegria, de revolta, o ultimo que me mexeu comigo dessa forma foi “A Senhora” de Catherine Clément. É lindo!

INDICAÇÃO

Vou indicar estes meus amigos:

08/02/11

Murmúrios da Morte - Simon Beckett

À semelhança dos dois anteriores livros deste autor, A Quimica da Morte e Escrito no Ossos, este livro tem exactamente as mesmas qualidades – apesar das cenas macabras que todos eles tem, aliás!
Mais um livro que me agarrou, passei pelas mesmas ansiedades e emoções que os anteriores.
Só que desta vez, a cinco capitulos do fim achei que tinha adivinhado quem era o “killer” e... Acertei!
Este é o terceiro livro deste autor que aconselho vivamente.

Título Original: Whispers of the Dead
Autoria: Simon Beckett

Editora: Editorial Presença
Coleccção: Minutos Contados
Nº. na Colecção: 31
Nº. Páginas: 279
Tradução: Lucinda Santos Silva
David Hunter, o antropólogo forense que protagonizou os romances A Química da Morte e Escrito nos Ossos, regressa aos Estados Unidos onde o espera um dos maiores desafios da sua carreira. Numa cabana nos bosques é encontrado um corpo cujo estado de decomposição aponta para uma morte ocorrida há pelo menos seis dias. Porém, a quantidade de sangue no local e o facto de a vítima ter os membros amarrados sugerem que esta ainda estava viva quando a cabana foi alugada, cinco dias antes. Será David capaz de decifrar o quebra-cabeças ou terá enfim encontrado um rival à altura?

Minha Classificação: 7 - Muito Bom

03/02/11

Escrito nos Ossos - Simon Beckett

O que que eu posso dizer de um livro que é tão bom quanto o anterior?
Se me perguntarem qual eu gosto mais, respondo que não sei! Não sei mesmo!
Este acaba de uma forma que me surpreendeu bastante e rezei para que houvesse uma continuação.
O Sr. Beckett ouviu as minhas preces...
Façam o favor de ler, sim?


Sinopse
Depois de A Química da Morte, Simon Beckett regressa com um novo e trepidante livro. O antropólogo forense David Hunter é chamado para uma investigação policial com contornos um tanto bizarros. Na ilha de Runa é descoberto um corpo quase totalmente carbonizado, no entanto a cabana onde o mesmo é encontrado não apresenta sinais de incêndio. Apesar da polícia local atribuir a morte a um acidente, Hunter não fica satisfeito e decide investigar a verdadeira causa da estranha morte. Mas o mistério não acaba e, enquanto uma terrível tempestade se abate sobre a ilha, violentas mortes se sucedem em catadupa… Conseguirá David Hunter descobrir o assassino de Runa? Escrito por um dos melhores contadores de histórias da actualidade, este é um livro fascinante que cativa o leitor desde o início.
Minha Classificação: 7 - Muito Bom