[…Só
uma coisa mantenho. O gosto pelas mulheres bonitas. Na minha solidão, no meu
auto-isolamento, serve-me de companhia a observação dessa maravilha da natureza
que é o corpo de uma mulher. O seu andar sensual, as suas curvas perfeitas ou
avantajadas, os seus seios que imagino por baixo de blusas ou camisolas mais ou
menos denunciantes. E as suas nádegas dançantes e convidativas que sobem e
descem, sobem e descem. Que fascínio, que loucura elas me provocam, fazendo-me
virar a cara, constantemente, quando por elas passo na rua. Ou olhando
disfarçadamente quando a minha me acompanha. Tenho para mim, que só existe
paraíso para além da morte se acordarmos deitados no corpo de uma mulher.
Embora,
neste momento, atravesse uma fase que só tem equivalência na ambição de ter um
carro e não saber conduzi-lo. Ou ter nas mãos um disco maravilhoso e não ter
aparelho para o tocar…]
In "O
Canto do Cisne" de João J. A. Madeira
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